terça-feira, 1 de outubro de 2013

M Grande #01




A 28 de Junho 2013 recebi uma das piores noticias que podemos receber na vida.
O meu pai estava com cancro do pulmão já metastizado. Em linguagem médica teria aproximadamente 6 meses de vida e os unicos tratamentos possiveis eram a quimioterapia e cuidados paliativos para aliviar o desconforto.
Esta é uma das noticias que não queremos receber nunca. Ainda para mais se estivermos a 9000 km de distância.
Chorei, revoltei-me, tive raiva do Mundo porque achava que estano já estava a ser injusto demais para a minha familia e não mereciamos isto. O meu pai não merecia isto (mas quem é que merece) e principalmente a minha mão não merecia perder o marido depois de ter perdido os pais vitimas da mesma doença.

Uma dar primeiras coisas que fiz foi chamar a M e explicar-lhe o que se passava com o avô. não foi preciso muitas explicações porque ela assim que falamos em pulmão disse logo:

 " Eu sei que o meu avô fuma e é por isso que o doi-doi apareceu. Os Cirrarros matam. O meu avô vai morrer?"
Como lhe poderia eu mentir? Sim filhota. O avô vai morrer um dia. Talvez mais cedo do que esperamos, mas para já não podemos ter certezas. O avô vai para o hospital para ser tratado e ver se com a medicação consegue lutar e curar o doi-doi. Mas é um doi-doi muito dificil."

"Não faz mal mamã. Eu tenho o meu pó de fada sabias? Ele existe para as coisas dificies e impossiveis. Eu vou ser a Dr.ª Brinquedos do meu avô e com o meu pó-de-fada eu e ele vamos curar todos os doi-dois."

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