segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sonhos

Todos temos planos, eu pelo menos tenho muitos e a maioria deles concretos. Só não sei quando se irão realizar. Até à data a vida tem-se encarregado de os tornar realidade no tempo certo. Sem pressas, sem correrias e sem por a carroça à frente dos bois. Acontecem quando têm de acontecer e nos momentos mais certos da minha nossas vidas.
É por isso que quando a mesma ideia, o mesmo plano teima em aparecer à frente e quando o mesmo acontece já por 2 vezes no espaço de 2 semanas não posso deixar de pensar: Estará na altura de partir para esta ideia? Estará na altura de retomar ideias antigas e deixar a fase do presente pertencer de vez ao passado?

Espero até Março ou lanço-me de cabeça, de corpo, de alma, de barriga de 6 meses nesta nova aventura que ainda agora se começou a formar?

Às vezes

Às vezes, como hoje por exemplo, penso no que poderia ter acontecido se tivesse feito tudo de maneira diferente. Se os nossos caminhos teriam continuado a cruzar-se ou se pelo contrário estaríamos exactamente como hoje.
Às vezes, como hoje por exemplo, arrependo-me. Não das decisões que tomei, mas antes de não as ter tomado de todo. Por consideração a amigos fiquei sem saber o que poderia ter acontecido.
Às vezes, como hoje por exemplo, essas incertezas corroem-me por dentro e magoam-me. E nem o amar o que hoje tenho me faz esquecer esta incerteza do "E se?".

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Em branco


Venho para aqui e deixo a página de nova mensagem em branco durante longos minutos sem saber o que escrever. Sim existe tanto para escrever e pouca ou nenhuma vontade. Habituei-me a ter um blog visitado pela família e isso impedia-me de dar asas à minha vontade. Hoje com um blog perfeitamente desconhecido os medos antigos toldam-me a lucidez dos pensamentos.

Parei em Maio. Junho foi o mês dos aniversários. Mais dos das perdas do que dos ganhos. Neste mês durante diversos anos perdi batalhas, perdi guerras, perdi amigos, perdi família. Há 3 anos e contrariando as espectativas este mês trouxe-me a M. Um dos principais motivos pelo qual a vida passou de novo a fazer sentido. Este ano, novamente em Junho estive próximo de perder algo que trazia comigo e que já me aquecia o coração.

Julho foi o mês das férias. De muito mimo, muito sushi, muitos passeios, muito descanso. Se deu para carregar baterias? Nem por isso. Se me deixou com um gosto de pouco? Muito!

Entro em Agosto cansada, desanimada, com vontade de me ir embora de Angola, com vontade de passar o dia a cheirar a minha cria, com vontade de namorar e conhecer o mundo. Mas a vida nem sempre é como queremos e temos de a encarar assim.

Angola neste momento dá-nos aquilo que outro País não pode dar. E também nos da uma felicidade especial. Sei perfeitamente que sou muito mais feliz aqui do que seria a trabalhar em Portugal. Tenho aqui a qualidade de vida que me fugia em Portugal, mas...

Mas Portugal agora só nos lembra férias e as coisas boas da vida. Angola lembra-nos as obrigações, o trabalho e a responsabilidade. Nesta fase em que volto a ser criança preciso de férias grandes, com salitre por todo o corpo, com noites longas e estreladas, com o sol a queimar-me a pele e o cloro a arder nos olhos.

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